sábado, 2 de abril de 2011

(foi-se...)

(...) e a luz apagou-se, e o céu ficou escuro e nunca mais voltou o sol, a estrada ficou sem carros, as ruas ficaram sem ninguém, os comboios arrancaram com gente a entrar, o mar já não existe, ou talvez já não tenha o mesmo valor.
já não me importo com nada sem ter a ver comigo, o resto para mim, ou é ou não é, já não interessa... cansa muito, deixa-me mal, faz-me sofrer e ninguém gosta de viver assim.
pode ser que me venha a arrepender, mas se não me arrepender é sinal que também sei seguir em frente sozinha.
sei que tenho muita gente do meu lado, que me apoiam, que me dão valor e que dizem que tudo vale a pena. já não consigo acreditar em nada disso, tenho duvidas se consigo acreditar em mim, portanto consegue ser mais difícil acreditar nos outros.
para mim, passou tudo a ser mitos, frases, sentimentos de outras pessoas, já não sinto nada disso... já não sinto nada.
não quero descobrir se o para sempre existe, se o amor realmente é sentido por alguém, se o valor é dado a quem merece, perdi a vontade para isso, merecia muita importância e eu não sou obrigada a dá-la.
sempre ouvi dizer que a nossa liberdade é melhor que a nos tentam dar todos os dias, portanto prefiro aproveitar a minha sozinha.
aprendi que o tempo que vai já não volta, que quem ama perdoa, mas também esquece, que quem cai também se levanta, simplesmente eu não posso deixar as pessoas dizerem que eu não tenho valor, quando têm o meu melhor e o pior com elas.
deixei de acreditar em sonhos, tive curiosidade e fui á procura de respostas e alguém me disse que o que gostamos de verdade só acontece uma vez e outro alguém me disse que ele está farto de ser substituido pelo treinador antes da primeira parte acabar, portanto deixei de acreditar e digo que o problema é dele e ele tem de jogar melhor.